segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Lei da Felicidade


Deveria existir uma lei que proibisse a tristeza, abandono e exploração de crianças.
Serafina não entendia a razão que levou seus pais colocá-la naquela lata de lixo.
- Será que eles acharam que eu era feia? 
- Se um dia eu tivesse um reino, com certeza isso não aconteceria.
Mas, antes que completasse seus pensamentos, ela levou um safanão no pescoço.
- Avia logo este trabalho menina! Tá querendo cair no couro outra vez é?
Lágrimas escorrem pelo rosto de Serafina.  Até quando ela teria que viver nessas condições de vida? Será que nunca ia poder ser uma criança normal?
Infelizmente, não era só ela que passava por isso. A maioria das crianças deste reino sofriam maus tratos e exploração. Ouviu- se dizer que nas bandas mais distantes havia também escravidão e abusos sexuais. Mas ninguém parecia se importar. A parte mais rica do reino só ligava pra festas, dinheiro e luxos. Eles dizem que não concordam, mas, nada fazem para mudar esta cruel realidade.  Num dia sombrio e nublado, Serafina acordou sentindo que algo ruim estava prestes a acontecer. Não sabia explicar exatamente, mas, a sensação não era boa.  Levantou-se da cama e foi fazer o café para seu pai (que na verdade não era pai de verdade, ele jura tê-la encontrado numa lata de lixo).
Enquanto fazia as suas obrigações seu pai entrou na cozinha, fazendo com que ela sentisse um arrepio na espinha.
- Você está crescendo e se tornando uma bela moça. Logo vai poder casar comigo e me servir como se deve.  É o mínimo que tu podes fazer para retribuir tudo o que eu fiz pela sua vida. Sem mim, estarias morta.
- Eu sei que te devo a vida, mas, não preciso me casar com você para lhe pagar. Já lhe retribuo com o meu trabalho e cuidando de você. Isso é mais que suficiente não acha?
Recebeu um soco no rosto, mas foi tão forte que sentiu o sangue escorrer.  Chorando ela respondeu:
- O café está pronto. Vou trabalhar.
Antes que pudesse dar dois passos, Malvino a pegou pelo braço e jogou-a no chão. Começou a lhe tocar de forma indevida e num momento de descuido, ela deu uma mordida nele e saiu correndo. De longe, ela ouvia os berros:
- Isso não vai ficar assim!  Quando você voltar vou te ensinar a respeitar os mais velhos.
 Serafina saiu chorando rios de lágrimas. No caminho, sentou-se à beira de um riacho e lavou o seu rosto.
- Será que um dia isso vai ter fim? Não volto mais para aquela casa. Cansei de viver desse jeito. Vou procurar a minha felicidade.
Pegou a sua sacola e começou a cantar, pois segundo ela isso ajudava a espantar a tristeza. Só que ela não esperava que acontecesse algo que mudasse seu destino para sempre. Ela cantou tanto que se descuidou e caiu num buraco profundo.
Mas a queda demorou tanto que Serafina acabou dormindo.  Quando ela acordou, se viu deitada numa cama enorme.  Olhou pros lados e percebeu que estava num enorme castelo. Pouco depois, uma mulher entrou no seu quarto sorrindo e lhe perguntou:
- Bom dia princesa Serafina. Como dormiu? O café está servido. Troque logo se roupa porque seu pai está te esperando. Você sabe muito bem que ele não gosta quando você se atrasa para as refeições.
Ela não entendeu nada. Porque aquela simpática senhora estava lhe chamando de princesa?
Antes que a senhora saísse, ela a chamou:
- O que está acontecendo? Eu não deveria está aqui...
Antes que a criada respondesse, uma borboleta enorme entrou pela janela e deixando todo o quarto brilhante com a sua luz. Logo ela pousou na cabeceira da cama e se transformou numa linda mulher.
A criada sorriu e sai do quarto, pois, sabia que através da borboleta ela encontraria as respostas que precisava.
- Quem é você? O que está acontecendo? Estou ficando assustada com tudo isso.
Então, a linda moça-borboleta piscou os olhos três vezes e logo ela começou a se lembrar.
- Ah sim, agora eu sei bem onde estou e quem sou. Que susto! Mas eu não entendo, porque estou com essas roupas horríveis?
Piscou os olhos mais uma vez e uma imagem se formou no ar. Tudo o que ela vivera na parte pobre do reino começou a aparecer. Ela se encolheu na cama quando a imagem de Malvino apareceu.
- Pare com isso! Qual a necessidade de me fazer passar por essa situação constrangedora. Eu deveria mandar meu pai extinguir do reino todos os seres iguais a você.
Bom, você pode até fazer isso, mas, antes deixe eu te mostrar o propósito de tudo isso.
Outras imagens começaram a se formar. Crianças sofrendo, sendo exploradas, comendo lixo, sendo molestadas começaram a aparecer. Dava pra ver as lágrimas escorrendo pelos rostos, o medo constante que as assolava e até viu uma delas sendo tocada de forma indevida. Mas uma vez ela começa a chorar.
- Por favor, pare.
As imagens somem e a moça - borboleta começa a falar:
- Você sempre viveu neste castelo, nunca passou fome e é uma menina muito amada por sua família. Porém com tudo isso, se tornou uma criança arrogante e mimada que não se importa com os outros. Maltrata os empregados e vira a cara para os pobres. Vive dizendo que não suporta ir naquelas bandas do reino.  Foi preciso passar por tudo isso para que você acordasse e soubesse da existência do sofrimento de crianças da sua idade.
Levantou-se da cama e disse:
- Obrigada, agora eu entendo. Vou mudar minhas atitudes. Agora mesmo vou conversar com o meu pai. Ele é o rei e as crianças não devem mais sofrer. Uma lei precisa ser criada. A felicidade precisa ser a ordem principal para as crianças.
Correu para abraçar aquele ser que lhe abrira os olhos, mas, antes que ela o fizesse a borboletinha saiu pela janela e tudo voltou a ser como antes. Serafina se apressou e desceu para o café. Conversou com seu pai e pediu para que ele a levasse na parte pobre do reino. Quando regressaram, disse que aquilo precisava acabar e ela contou sobre a ideia da criação de uma lei: A lei da felicidade. Ele concordou e pediu que reunisse todos os seus súditos para anunciar a sanção da seguinte lei:
“De agora em diante, em todas as partes do meu reino está proibido o abandono, exploração e maus tratos. Nenhuma criança poderá ser submetida a este tipo de coisa. Criarei também uma escola para que todas, sem exceção possam estudar. Fiscais estão sendo espalhados por todos os lados para garantir que a lei seja cumprida. Qualquer um que infringir estará sujeito a pena de morte.”
Todos comemoraram e as coisas finalmente mudaram. Agora as crianças estavam felizes e iam à escola, podiam brincar cantar e dançar. Aquele passado triste foi apagado e agora elas estavam escrevendo uma nova história, tendo esperança de que um dia seus sonhos seriam realizados.

Essa lei ficou conhecida como a “Lei da Felicidade” e com o passar dos anos, outros reinos foram aderindo até que todo o mundo entendesse que os abusos precisavam acabar. E de fato acabaram. 

domingo, 6 de outubro de 2013

Depois do sim

Todo mundo se preocupa com o que vai acontecer antes do sim, mas deveriam se preocupar com o que irá acontecer depois já que é quando de fato começa o “felizes para sempre”.
A maioria das noivas ficam uma pilha de nervos nas semanas que antecedem o casamento. Com Meg não foi diferente.   Queria que tudo fosse perfeito afinal, este era seu sonho de criança. Estava certa do seu amor por Matt, pois eles se conheceram quando estavam na faculdade e desde então estão juntos.  Ela começou a planejar tudo no ano passado, pois casamento precisa ser organizado com antecedência.  A cerimônia seria realizada numa fazenda às 10 horas da manhã do dia 21 de setembro, início da primavera. Meg sempre foi uma mulher romântica e isso pode ser percebido nos detalhes do seu casamento.
Enfim chegara o grande dia. Meg acordou alegre e saltitante e começou a cantar sua música preferida: “–...O amor que eu quero é assim, amor que faz dentro de mim, crescer a paz amor demais, amor sem fim...”
- Sim, Matt é o amor que eu quero. Ele é o homem que vai me fazer feliz. Eu o quero como pai dos meus filhos. Com ele o meu coração encontra a paz! E suspirou apaixonadamente.
Então, antes mesmo que ela acabasse de concluir seu raciocínio, um bando de mulheres estressadas adentra no seu quarto e, uma delas está com um buquê de flores na mão.
- Olha só Meg, não são lindas? Acabaram de entregar lá em baixo.  Matt mandou pra você!
Todas se entreolharam e sorriram.
Ela olhou para o ramalhete e disse:
- Ele é um fofo. Impossível não amar esse homem
Uma das suas amigas interrompeu:
- Vamos, você precisa se arrumar! Tem muita coisa pra fazer!
E assim ela começou a se preparar para o seu grande dia.
Enquanto isso, Matt estava com seus amigos estourando uma garrafa do maravilhoso Bollinger.  Na verdade não foi só apenas uma garrafa.
- Um dia especial merece uma bebida à nossa altura né rapaziada?
- Você está preparado para se amarrar pra sempre? Disse seu melhor amigo, Todd;
- Quem disse que estou me amarrando? Pra sempre é muito longe, não acha?
Todos riram e voltaram a beber.
Algumas horas se passaram e tudo estava pronto. Muitas flores espalhadas pelo ambiente e as borboletas que estavam migrando deram um charme todo especial. Quando soou a marcha nupcial todos ficaram de pé e então ela entrou. Meg estava deslumbrante com o seu vestido de noiva rendado, seu buquê de lavanda e sua sandália rasteirinha de cristais. Todos comentavam da sua beleza e de fato há muito tempo não se via uma noiva tão linda quanto ela. Seu sorriso radiante cativava todos à sua volta.
Após o pastor proferir as suas palavras, eles começam a ler os votos. O primeiro foi Matt:
“- Eu não entendia porque me sentia um homem incompleto. Sempre tive a sensação de que algo estava fora do lugar, mas não sabia ao certo o que era. Até o dia em que te vi pela primeira vez na igreja. Conclui que você era a parte que tanto me faltava. Prometo cuidar de você, proteger e te amar pelo resto da vida. Amo-te pra sempre.”
“- Eu julgava saber o que é o amor. Mas, depois que te conheci, percebi que de nada sabia. As cores das flores ficaram mais nítidas e me coração passou a bater num compasso diferente. Você é e sempre será o encaixe perfeito do meu coração. Enquanto existir fôlego dentro de mim, com certeza terás ao seu lado uma esposa fiel e dedicada. Amo-te pra sempre e depois de sempre.”
Após a cerimônia, os noivos receberam os cumprimentos na igreja, pois, eles preferiram gastar suas economias na lua de mel. Logo foram pra casa trocar de roupa, pegar as malas e partiram para a viagem dos sonhos.
O lugar escolhido foi uma cidadezinha chamada Lago Sereno. Assim que chagaram foram direto para a pousada. Lá era tudo simples e charmoso mais o ponto culminante era justamente o lago que ficava no fundo da pousada.  Os primeiros dias foram maravilhosos, e Meg queria continuassem desse jeito pelo resto de suas vidas.
Mas infelizmente o último dia lhe reservava uma surpresa terrível.
Matt resolveu sair pra correr enquanto Meg preferiu ficar quarto descansando. Quando ele retornou, ela já estava pronta para jantar então desceu pra espera-lo no bar. Assim o fez. Porém começou a perceber que Matt estava demorando muito então resolveu subir para chamá-lo. Chegando no quarto ela teve a pior surpresa de toda a sua vida: Seu marido estava na cama com uma das recepcionistas da pousada. As lágrimas começaram a cair pelo seu rosto, ela não conseguia falar nada, só fazia chorar até que Matt ouviu o choro e olhou para porta todo sem graça.
- Meu amor, não é nada disso que você está pensando!
Nenhum som saiu de sua boca. Então desesperada ela pegou sua mala, colocou suas coisas dentro e saiu correndo. Matt se vestiu e foi correndo atrás dela, mas foi em vão. Ela havia sumido.
Começou a cair um temporal e Meg estava cansada de andar e arrastar sua mala pesada, mas, não tinha nenhum lugar pra se abrigar então sua única saída era continuar caminhado. Ao olhar pros lados, avistou um abrigo então concluiu que sua melhor opção era passar para o outro lado da rua e esperar a chuva passar. Quando estava atravessando surge um carro e por pouco não aconteceu um acidente terrível.
O carro freara em cima dela jogando-a no chão.
-Merda! Você não presta atenção não sua maluca? Tá tentando se matar?
Meg sentou no chão e começou a chorar copiosamente. Ao perceber que ela não tinha levantado, ele saiu do carro para saber se estava realmente tudo bem. Foi quando observou que ela estava chorando.
Ele sai do carro e corre até a direção dela.
- Desculpa, fui um grosso. Você está bem? Posso ajudar em alguma coisa?
- Não. Minha vida está toda bagunçada e não sei pra onde ir agora.
- Bom, não sei o que fazer pra ajudar na sua vida bagunçada mais eu posso te oferecer um café?
Ela olhou pra ele e sorriu e ele lhe retribuiu o sorriso. Meg olhou dentro dos olhos daquele estranho e percebeu que ele trazia algo que poderia mudar o curso sua vida para sempre. Não sabia exatamente o que era, mas resolveu aceitar o convite, pois sabia que era o primeiro passo para esquecer a tragédia que lhe ocorrera depois do sim.







sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Insensatez (Season Finale)

Os dias iam passando e o desespero de Rebeca aumentava cada vez mais. Ela sabia que não ia conseguir esconder a gravidez por muito tempo. Seus pais não a perdoariam nunca. Como faria para se sustentar e ainda cuidar de um bebê?
Foi aí que se lembrou de ligar pra sua única amiga: Rachel. Tinha certeza que ela a ajudaria de alguma forma.
– Alô, Rachel?
- Oi Rebeca. O que aconteceu? Sua voz está estranha?
Rebeca começou a chorar ao telefone. – Preciso muito falar com você. É urgente. Posso ir à sua casa agora?
- Claro que pode.
- Até mais.
-Tchau.
Rebeca pegou a sua bolsa e foi correndo pra casa de Rachel. No caminho as lágrimas rolavam como cachoeira pelos seus olhos.  Começou a pensar nos erros que cometera e entendeu que era preciso consertá-los.
Enfim ela chegou à casa de Rachel que já estava na sala à sua espera. Sentaram no sofá para conversar, mas, Rebeca começou a chorar compulsivamente.
- Vamos pro meu quarto. Lá ficaremos mais à vontade.
Elas subiram a escada e foram pro quarto. Rebeca sentou na cama e Rachel puxou uma cadeira e ficou à frente dela.
-Agora você pode falar, estamos sozinhas.
Então Rebeca começou a contar toda a história. Rachel ouviu calmamente segurando as mãos da sua amiga. Ela entendia que não cabia a ela julgar os atos de Rebeca pois isso é algo que só Deus pode fazer. Quando ela acabou de contar tudo, deu-lhe um abraço forte e prometeu ajuda-la a contar tudo pros seus pais.
- Agora estou mais calma, obrigada por me ouvir. 
- Não é necessário agradecer, amigos são para essas coisas. Não se preocupe. Vai ficar tudo bem. Vamos comer algo na cozinha? Você está pálida. Precisa se alimentar bem, pois está grávida.
- Na verdade não comi nada hoje.
- Então vamos.
 As duas se encaminharam para a escada e após descer 3 degraus Rebeca sentiu uma tontura e acabou rolando escada a baixo. Rachel deu um grito e seus pais saíram correndo do quarto e se deparam com Rebeca desmaiada no final da escada.
Minutos depois, Rachel estava na ambulância levando Rebeca para o hospital e tentando falar com os pais de sua amiga. –Droga!  Não atendem no fixo e o celular cai direto na caixa! Vou deixar uma mensagem na secretária eletrônica.
Assim que chegaram ao hospital, e Rebeca foi levada para que os exames fossem realizados, o pai dela ligou pra Rachel.
- O que aconteceu?
- Bom, ela sentiu uma tontura e caiu da escada lá de casa.
-Mas tá tudo bem com Rebeca?
-Bom, agora os médicos estão fazendo exames. Acho melhor vocês correrem aqui para o hospital.
- Ok, chegaremos daqui a pouco.
Assim que desligou o telefone, o médico apareceu e chamou Rachel.
- Você é a amiga de Rebeca?
- Sim. Como ela tá?
- Calma, sente aqui. Vou explicar tudo.  Bom, Rebeca está bem, mas infelizmente perdeu o bebê. Ela ainda não sabe o que aconteceu, pois acabou de acordar. Seria bom ter uma amiga por perto, na hora que ficar sabendo. Vamos pro quarto?
- Sim, vamos.
Eles entram no quarto e Rachel corre pra perto da cama.
- Você está bem minha amiga?
- Estou, apenas com dor nas costas, mas disseram que é normal por causa da queda. E o bebê?
O médico se aproxima e fala: - Infelizmente você perdeu o bebê.
Rebeca começa a chorar compulsivamente e nesse mesmo instante, seus pais entram na sala e correm pra abraçar sua filha. E ela chora ainda mais.
Rachel chama o médico para fora da sala e ele a acompanha.
Lá dentro Rebeca pede perdão pros pais e conta a história desde o início.
- Nós te perdoamos sim filha. Quando você sair deste hospital, tudo isso vai virar passado. Nada disso interfere no amor que sentimos por você.
Nesse mesmo instante a porta se abre e Pedro entra no quarto e corre pra perto dela.
- Me perdoe minha querida. Fui um canalha e agi como uma criança. Não deveria ter fugido dessa responsabilidade. Tudo isso é minha culpa.
- Tudo bem, já passou. E você não precisa se preocupar mais. A sua responsabilidade morreu quando caí daquela escada. Pode ir agora.
- Já sei de tudo, mas não vou a lugar nenhum. Quero ficar aqui com você e reconstruir a nossa história. Dessa vez faremos tudo do jeito certo.
- Você tem certeza? Disse Rebeca
- Sim, eu tenho. Dessa vez faremos tudo do jeito certo. Vou pedir autorização pros seus pais e  casaremos em breve.
Ele pega a mão de Rebeca e olha pros pais dela:
- Primeiro gostaria de ter pedir perdão por tudo isso que causei e gostaria muito de me casar com sua filha.
- Tudo bem, você está perdoado e tem nossa benção para casar com nossa filha.

 Agora as coisas começam a entrar nos eixos. Rebeca aprendeu e amadureceu muito com toda essa situação. Entendeu que quebrou um mandamento de Deus ao namorar sem a benção dos pais e essa atitude abriu brechas que trouxeram resultados desastrosos. Lógico que ela se arrependeu das suas atitudes e agora usa sua história para ajudar outras jovens a não cair no mesmo erro que ela. 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Insensatez- (Parte 2)

Rebeca estava realmente disposta a se entregar para Pedro, mas, antes que o ato se consumasse o pai dela bateu na porta do seu quarto, pois, ele havia escutado um barulho.
- Rebeca, você ainda está acordada? 
Eles tomaram um susto enorme e ela pulou da cama e olhou com cara de medo para seu namorado. Antes que ele respondesse, olhou à sua volta e viu sua luminária no chão.
Mais uma vez seu pai perguntou: - Filha, você tá acordada?
Rebeca respirou fundo e respondeu: - Sim pai, estou estudando para uma prova da faculdade.
- Mas, que barulho foi esse? – Minha luminária caiu pai.  - Como assim caiu?
- Pai, amanhã nós conversamos. Preciso voltar a estudar. Boa noite.
- Boa noite filha, bom estudo.
Rebeca e Pedro respiram aliviados. Os dois sentam na cama meio assustados e ele diz: - Vamos continuar o que começamos?
Ela olha pra ele e responde: - Você acha que ainda tem clima pra isso? Melhor você ir pra casa antes que meu pai acorde outra vez.  Acho que foi Deus que permitiu que ele acordasse antes que fizéssemos uma besteira. Já falei com você que não estou disposta a quebrar um princípio tão importante como esse. Sexo, só depois do casamento. Pedro fez um cara de decepção, mas percebeu que Rebeca ficara irredutível de uma hora pra outra e concordou em ir pra casa. Deu um beijo de despedida e pulou a janela. Quando o carro de Pedro desapareceu na rua, ela virou de costas, colocou a luminária no lugar, foi no banheiro para lavar o rosto e voltou na cama. Começou a pensar no que estava prestes a fazer por amor. – Bom, ainda bem que não aconteceu o pior.  Não conseguiu pregar os olhos, e viu o dia amanhecer. Pegou o seu Iphone para olhar as horas e percebeu que tinha um sms de Pedro: “Tenha um bom dia minha linda. Amo-te. Beijos”.  Ela sorriu e respondeu: “Também te amo. Bom dia!”.
Existe uma parte dessa história que ainda não foi contada. Quem era Pedro de fato? Será que ele é um cristão de verdade?
Pedro é um desses playboys que só ia pra igreja porque os pais obrigavam. O fato é que ele nunca gostou daquele lugar. O que ele curtia mesmo era fazer farra com seus amigos.  Sair pra pegar mulher era o lema deles. Ele preferia pagar por prostitutas, pois, na opinião dele, elas não reclamavam e faziam tudo o que ele queria.  Chegou até a usar drogas algumas vezes. E numa dessas idas à igreja, um dos jovens o convidou para participar de um intercâmbio. Nem queria ir, mas sua mãe insistiu tanto e ele acabou concordando. – Tá bom mãe, eu vou.
Agora que vocês sabem um pouco da vida desse rapaz, vamos retornar ao foco principal da história.
Pedro resolveu esperar Rebeca na porta da faculdade. Assim que ela chegou, eles entraram no carro e saíram. Ele estacionou num lugar meio escuro e calmo e começaram a conversar.
- Queria te pedir desculpas minha linda.
-Por quê? Perguntou Rebeca.
- Eu avancei demais com você ontem. Mas te amo tanto e quando estou com você não consigo me controlar.
- Tudo bem, já passou. Não há razão para pedir desculpas. Vamos esquecer o que aconteceu e seguir em frente.
Eles se abraçaram e logo depois começaram a se beijar. Não paravam por nada. Todo mundo tá careca de saber que quando se começa, é difícil parar. Principalmente se você está dentro de um carro, num lugar escuro e sem ninguém por perto. Mais uma vez, Rebeca foi envolvida por Pedro.  Dessa vez ele sabia que não teria ninguém pra interromper, enfim conseguiria transar com sua namorada. Pois é, foi exatamente o que aconteceu. Foram para o banco de trás do carro e consumaram o ato.
- Me senti honrado em ter sido o seu primeiro homem minha linda, nunca tive relações sexuais com uma virgem. E você gostou?
- Sim, gostei muito. Quero repetir isso mais vezes. Replicou Rebeca.
Mas agora preciso ir pra casa. A hora passou rápido demais.
- Vou te deixar perto de casa, e você pega um táxi.
- Certo.
Assim o fizeram. Depois daquele dia, Rebeca sempre dava uma desculpa pra não ir à igreja. Ela estava se afastando aos poucos e dizia aos pais que era por causa do final de semestre.  A menina filava muitas aulas, não estudava mais, só queria saber de seu namorado.  Transou com ele outras vezes e até se drogaram juntos.  O pastor tentou conversar com ela várias vezes, mas sempre escorregava dizendo que estava muito ocupada e assim que ficasse de férias, as coisas voltariam ao normal.
Pois é meus amigos, ela se desviou completamente. Seus pais estavam muito preocupados com ela, mas sabiam que a única coisa que podam fazer era orar. E assim eles fizeram.  
Meses depois, Rebeca percebeu que sua menstruação estava atrasada e que andava enjoando demais. Ela ficou desesperada, correu para a farmácia e comprou um teste de gravidez. Enfiou o pacote dentro da bolsa e voltou para casa. Trancou-se no quarto, começou a ler as instruções e correu para o banheiro. O teste deu positivo. Estava nervosa, sem saber o que fazer. Resolveu ligar para Pedro. Que ficou mudo quando ela contou que estava grávida. Pediu um tempo para pensar em algo e disse que ligava depois. Passaram-se semanas e ele não deu notícia. Ela tentou ligar pra ele e só dava caixa postal. E agora? O que Rebeca faria? Será que Pedro voltaria a ligar?  


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Verdade

Procure a verdade.
Não dê descanso as suas pálpebras até que a encontre.
Depois disso pegue, e guarde-a num lugar seguro.
Vão tentar comprá-la de você, mas seu valor é incalculável
Vão tentar roubá-la, mas a proteja com sua própria vida
Vão tentar te convencer a doá-la, seja firme e não faça isso
Vão pedir para que você ensine como encontrar…
Então, mostre para as pessoas como você encontrou a verdade absoluta, conte para todos que a verdade precisou morrer, que a mentira achou que tinha triunfado…mas aí as coisas mudaram: a verdade ressuscitou e hoje resplandece. Ah, mostre para as pessoas qual o melhor lugar para guardar a verdade: O coração!!!

                                            

Proibição

A  partir de hoje fica terminantemente proibido: 
Amores não correspondidos,
Esperanças frustradas,
Sonhos levados pelo tempo;
Palavras frívolas
Emoções falsas
Amizades por interesse,
Sentimentos mentirosos
Intenções erradas
Felicidade temporária
Incerteza e indelicadeza
Coração vazio 
Falta. Tanta falta de você.

    Soneto da Amizade

    Amo-te meu amigo
    Amo-te mais que o Sol
    Pois de que adianta ter Sol
    Se não puder está ao seu lado quando ele se por?
    Amo-te meu amigo
    Amo-te mais que a música
    De que adianta ouvir a música
    Se não puder dançá-la com você?
    Amo-te meu amigo
    Amo-te mais que as flores
    De que adianta ter flores
    Se não puder contemplá-las de mãos dadas com você?
    Digo-te então meu caro amigo que não adianta ter as coisas que aprecio
    Se não tiver alguém como você pra chamar de amigo.